quinta-feira, 14 de julho de 2016

Conheça suas Panelas por Dentro e por Fora

Não é de hoje que sabemos que as panelas são lendárias e podem ser produzidas em diversos materiais, mas você sabia que existem panelas que fazem mal a nossa saúde? Pois é por anos isso é conhecido, e hoje mostraremos alguns detalhes que não está escrito no seu pequeno e resoluto manual. Conheça algumas panelas desconhecidas e algum bem conhecidas da Cozinha Brasileira.

PANELA de FERRO


Reage com a acidez do alimento (tomate, legumes, geleias, feijões) liberando mais ferro para este tipo de alimento. Quanto mais tempo de uso mais libera ferro, assim como tempo de cocção, quantidade de líquido usado no preparo e temperatura interferem na quantidade de ferro liberada pela panela. Não guardar alimentos prontos pois oxidam e após a lavagem deve ser seca sob a chama do fogão.

PANELA de ALUMÍNIO 


O limite de ingestão diária de alumínio tolerável é de 1mg/kg/peso corporal/dia, segundo a OMS, 1989. Quanto mais nova for a panela mais alumínio libera para o alimento. As panelas novas devem ser fervidas com água de 3 a 4 vezes antes de usar.

As manchas escuras protegem da liberação do alumínio, portanto não arear as panelas por dentro. Não cozinhar alimentos que contenham enxofre como couve, brócolis, espinafre, cebola neste tipo de panela, uma vez que facilitam a liberação deste metalÉ contraindicado para frituras por atingir alta temperatura.
Fatores como o teor de água, a concentração de sal e açúcar facilitam a transferência do metal para o alimento. Pacientes com insuficiência renal não devem usar panelas de alumínio.

PANELA DE PEDRA SABÃO


Precisam ser curadas antes de usar, pois podem liberar níquel (metal tóxico). Alimentos ácidos e água liberam mais metais. 

Metais liberados na panela de pedra sabão: ferro, cálcio e magnésio. Não serve para guardar o alimento. Cozinha lentamente e serve para carnes;

PANELA DE CERÂMICA


As de preparo artesanal do tipo Comida Mineira podem liberar chumbo e cádmio, porém as industrializadas são consideradas as mais seguras, uma vez que não liberam metais para os alimentos. A fragilidade e o preço alto é que afastam os consumidores, ainda exigem cuidado na hora do preparo pois podem queimar os alimentos com mais facilidade que outros materiais. Este é o tipo de panela mais segura quanto à transferência de metais;

PANELA DE COBRE


O cobre é um mineral que em doses excessivas torna-se tóxico causando diversos sintomas como dores articulares e musculares, edema generalizado, calvície precoce entre outros. Os doces feitos em tachos de cobre podem contaminar com cobre;

PANELAS com REVESTIMENTO ANTI ADERENTE


Este tipo de revestimento oferece alta resistência a agentes agressivos, sendo insolúvel aos solventes conhecidos. É estável termicamente a temperaturas de até 250º C, porém em frituras ou preparos que elevem o aquecimento acima de 250º C pode originar a migração de metais pesados. Os metais pesados favorecem a liberação de aminas heterocíclicas, causadoras de câncer.
Evitar o preparo de proteínas (carne, leite, ovos, frango, peixe) que exigem alta temperatura e longo tempo de preparo, além de facilitar a transferência das aminas cancerígenas. 

A preparação deste material destrói a camada de ozônio

Nunca levar ou deixar uma panela ao fogo sem alimentos, pois ela fica queimando o revestimento;

PANELAS de AÇO INOXIDÁVEL


São ligas obtidas pela fusão com o ferro, possibilitando a migração de níquel para o alimento, assim como cromo e ferro. Reduz a exposição ao metal tóxico com o tempo de uso, se a panela for nova, ferver água 3 a 4 vezes antes de usar. 

Evitar o preparo de alimentos ricos em enxofre (espinafre, couve, brócolis, mostarda). É contraindicado para frituras e para indivíduos sensíveis ao níquel (depressivos com redução de lítio)

Não guardar alimentos prontos;

ESMALTADO


Não usar as panelas antigas feitas antes de 1985 por conterem metais tóxicos. Requer habilidade no preparo para não queimar o alimento;

PANELAS de VIDRO


Além de muito bonitas são muito seguras e servem para guardar os alimentos depois de prontos, porém tem o preço elevado e são muito frágeis. São também muito aderentes podendo queimar e grudar o alimento.

Apesar de todas elas possuírem suas características, nem todos podem se dar ao luxo de comprá-las, acabando por usar a menos saudável. 

Desta forma deixamos mais esta Dica para que você conheça seus benefícios e malefícios, e quando for fazer suas compras, lembre-se de que uma alimentação mais saudável, reduz o risco de muitas doenças além do que você poderá comer melhor e uma comida mais saborosa.

Se você tiver um tempinho, aproveite para compartilhar com os seus amigos esta dica, ele vão gostar de saber 


terça-feira, 12 de julho de 2016




Duro na queda


A estrutura em forma de escada e o ângulo dos vasos do coco ajudam a dissipar a energia de um impacto.

[Imagem: Plant Biomechanics Group Freiburg]

Engenheiros e cientistas dos materiais da Universidade de Freiburg, na Alemanha, juntaram-se para tentar explorar a estrutura natural do coco em benefício da arquitetura e da construção civil.
Coqueiros podem ter 30 metros de altura, o que significa que, quando os cocos maduros caem no chão, suas paredes têm de suportar o impacto para que eles não rachem.
Para proteger a semente lá dentro, o coco tem uma estrutura complexa formada por três camadas principais: a casca externa que lembra a estrutura do couro, um mesocarpo fibroso e um resistente endocarpo interno em torno da polpa que contém a plântula em desenvolvimento.
"Analisando o comportamento de fratura das amostras e combinando isso com o conhecimento sobre a anatomia da casca obtida por microscopia e tomografia computadorizada, estamos identificando as estruturas mecanicamente relevantes para absorção de energia," explicou Stefanie Schmier, membro da equipe.
Desvio das fraturas
Os dados revelaram que, dentro do endocarpo - que consiste principalmente de células altamente lignificadas - os vasos que compõem o sistema vascular do fruto têm um design diferente, parecido com uma escada, responsável por suportar as forças de flexão.
Cada célula é rodeada por diversos anéis lignificados, unidos por pontes paralelas - a lignina é uma molécula associada à celulose na parede celular para dar rigidez aos tecidos vegetais.
A equipe acredita que é o ângulo desses vasculares que ajuda a "desviar" a trajetória das fissuras - quanto mais tempo uma rachadura tem que viajar para dentro do endocarpo, mais provável é que ela vai parar antes de chegar ao outro lado.
Prédios antiterremoto
A equipe acredita que essa angulação especial dos feixes vasculares no endocarpo do coco pode ser aplicada ao arranjo de fibras têxteis no interior do concreto para permitir a deflexão de fendas e rachaduras, evitando o colapso da estrutura.

"Esta combinação de uma estrutura leve com uma elevada capacidade de dissipação de energia é de interesse crescente para proteger edifícios contra terremotos, quedas de rochas e outros perigos naturais ou provocados pelo homem", disse Stefanie.
Redação do Site Inovação Tecnológica -  12/07/2016